SAIBA QUAIS OS POBLEMAS QUE AS RAISES DOS DENTES TRAZ A SAÚDE!
A aplicação e uso de aparelhos ortodônticos sem o acompanhamento de um dentista pode causar problemas de mastigação, reação alérgica, perda óssea, movimentações dentárias desnecessárias e até perda dos dentes, segundo especialistas.
Elásticos, borrachas e fios dentários são vendidos sem fiscalização nas ruas de São Paulo , por usuários nas redes sociais e em outros sites, e usados por jovens como acessórios de moda. Dentistas ouvidos pelo amilzinho dental dizem que os danos podem ser irreversíveis ou de difícil reparação.
Celso Lemos, professor do Departamento de Estomatologia da Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo (USP), comenta que a aplicação inclui até fios de vassoura e supercola, além de fios e elásticos trançados. “Tudo isso tem potencial de fazer um estrago muito grande, com perda de dente. Temos visto imagens de dentes totalmentes soltos, com a raiz fora da maxila, presos só pelo aparelho” afirma.
Um estudante de 16 anos ouvido pelo ,amilzinho dental morador de São Paulo, conta que já usa aparelho há três anos, mas há oito meses decidiu parar o tratamento para “personalizá-lo” em casa, sozinho.
“Tem um amigo que traz uns rolos de fio e as borrachinhas. Não precisa colar nada. É fácil e rápido”, conta o jovem. Seus pais não gostaram do aparelho. “Mas eu quis. Está na moda, vários amigos meus cancelaram o tratamento para fazer a personalização em casa, manual. Dá mais destaque no sorriso".
Outra jovem de São Paulo, de 15 anos, conta que usa aparelho “só de enfeite” há mais de um ano. “Achei interessante, estava na moda, todo mundo colocando, aí decidi botar também”, diz. Ela pagou R$ 90 para que um conhecido colocasse o aparelho em sua boca. A “manutenção” ela faz sozinha, em casa. “Pego [o material] com uns amigos que compram”, explica.
Segundo a adolescente, o falso aparelho “aperta como se tivesse colocado no dentista" e mexe com o dente. “Estou querendo tirar porque está dando problema no meu dente. Está entortando um pouco”, queixa-se. Ela não foi mais ao dentista depois que colocou o aparelho.
Complicações
Tanto os jovens que colocam os acessórios por conta própria, quanto os que mantêm o aparelho depois de um tratamento odontológico para personalizar correm risco de danificar a estrutura dentária e comprometem a saúde bucal, explica Cláudia Garrido, cirurgiã-dentista e supervisora do Setor de Fiscalização do Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CROSP).
Segundo a adolescente, o falso aparelho “aperta como se tivesse colocado no dentista" e mexe com o dente. “Estou querendo tirar porque está dando problema no meu dente. Está entortando um pouco”, queixa-se. Ela não foi mais ao dentista depois que colocou o aparelho.
Complicações
Tanto os jovens que colocam os acessórios por conta própria, quanto os que mantêm o aparelho depois de um tratamento odontológico para personalizar correm risco de danificar a estrutura dentária e comprometem a saúde bucal, explica Cláudia Garrido, cirurgiã-dentista e supervisora do Setor de Fiscalização do Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CROSP).
“Pelo fato de adquirir (os acessórios) de ambulantes não sabemos a procedência do produto e isso coloca em risco a saúde do usuário, porque não existe biossegurança. Os produtos são vendidos fora da embalagem original e não se sabe como foi o armazenamento”, diz.Os que mantêm o aparelho após tratamento podem perder toda a correção obtida. "Tanto é que, após o tratamento ortodôntico, o paciente usa aparelho de contenção, justamente com o intuito de manter a posição dos dentes”, diz a dentista Cláudia.
O tipo de elástico e a forma como os jovens os colocam entre os brackets pode aplicar força nos dentes de forma aleatória, provocando alteração do posicionamento dentário e consequentemente, dor. "É muito difícil que o aparelho não cause sensibilidade, mesmo em tratamento assistido”, afirma.
Segundo ela, a prática traz riscos de intrusão, quando o dente é empurrado para o interior do tecido ósseo; de extrusão, quando ele é puxado para baixo e para fora do suporte ósseo, e de giroversão, quando o dente gira no próprio eixo. Sem uma mastigação adequada, ela conta que também pode haver problemas de digestão dos alimentos.
Diferentes usos
A pedido do amilzinho dental, ela comentou algumas formas de uso desses acessórios dentários, mostrados em imagens publicadas nas redes sociais. Veja abaixo a análise de Cláudia Garrido:
A pedido do amilzinho dental, ela comentou algumas formas de uso desses acessórios dentários, mostrados em imagens publicadas nas redes sociais. Veja abaixo a análise de Cláudia Garrido:
A aplicação e uso de aparelhos ortodônticos sem o acompanhamento de um dentista pode causar problemas de mastigação, reação alérgica, perda óssea, movimentações dentárias desnecessárias e até perda dos dentes, segundo especialistas.
Escovar os dentes após cada refeição é algo de que quase todo mundo lembra. Mas o fio dental muitas vezes é esquecido. É aí que começam a aparecer os sangramentos na gengiva e outros problemas, como a gengivite e a periodontite.
Além disso, usar muita força na escovação pode causar retração da gengiva, o que é capaz de expor a raiz dos dentes e aumentar a sensibilidade.
Com a gengiva mais retraída ou com sulcos, também podem entrar restos de comida que favorecem o mau hálito.
Segundo a cirurgiã-dentista e odontopediatra Helenice Biancalana e o doutor em periodontia Eduardo Saba-Chujfi, até o consumo de álcool e cigarro pode provocar doenças gengivais.
Mas todas elas têm tratamento e, principalmente, prevenção. Os cuidados geralmente se iniciam com uma raspagem do tártaro e com a correta higienização dos dentes.
Saba-Chujfi também destacou que as doenças periodontais são mais um fator de risco para acidente vascular cerebral (AVC) isquêmico e para problemas cardiovasculares como o infarto do miocárdio.
Nesses casos, os micro-organismos da boca entram na circulação, se instalam nas artérias coronárias ou cerebrais e interrompem a nutrição desses órgãos.
Passo a passo da escovação
Antes ou depois de escovar os dentes, use fio dental, o que deve começar na infância, quando as crianças ganham os primeiros dentes de leite.
Antes ou depois de escovar os dentes, use fio dental, o que deve começar na infância, quando as crianças ganham os primeiros dentes de leite.
Passe o fio em todos os sulcos gengivais até o último dente. Para cada um deles, deve ser empregada uma parte nova do fio.
Prefira uma escova com cerdas macias e segure-a inclinada num ângulo de 45 graus. Faça movimentos curtos e leves de baixo para cima, a partir da linha da margem gengival.
Atrás dos dentes superiores, segure a ponta da escova e faça movimentos para cima e para baixo. O mesmo deve ocorrer atrás dos dentes inferiores. Enxágue a boca e em seguida limpe a língua.
Gengivite
A gengivite é uma inflamação inicial da gengiva e, portanto, mais fácil de ser tratada. A causa direta é a placa bacteriana (biofilme), uma película viscosa e sem cor que se forma constantemente nos dentes e na gengiva.
A gengivite é uma inflamação inicial da gengiva e, portanto, mais fácil de ser tratada. A causa direta é a placa bacteriana (biofilme), uma película viscosa e sem cor que se forma constantemente nos dentes e na gengiva.
Os vasos que irrigam a gengiva ficam inchados (há uma vasodilatação) e levam o sangue para onde a bactéria está alojada, na tentativa de combatê-la. O sangramento ocorre durante a escovação ou com o uso do fio porque o contato com a gengiva inflamada provoca uma pequena lesão.
Quando a placa não é removida pela escovação e pelo uso diário de fio dental, as bactérias liberam toxinas que irritam a mucosa gengival.
Nesse estágio, os danos podem ser revertidos, porque o osso e o tecido que sustentam os dentes ainda não foram atingidos. Se não houver tratamento, porém, a gengivite pode evoluir para uma periodontite e causar prejuízos permanentes. Aí podem aparecer sintomas como dor na gengiva, mal-estar e febre.
A gengivite também pode surgir em razão de alterações hormonais, como na gravidez e na fase pré-menstrual. Mas, com escovação e fio dental, ela costuma desaparecer.
Além disso, a saliva ajuda a limpar as bactérias presentes na boca. É por essa razão que pessoas que tomam remédios para reduzir a produção salivar podem desenvolver gengivite.
Tratamento
É preciso consultar um dentista para fazer o diagnóstico correto. Se for mesmo gengivite, são necessárias uma limpeza e a raspagem do tártaro, se já houver a presença desses cálculos gengivais.
Depois do tratamento, o paciente deverá começar a fazer uma escovação correta associada ao fio dental. Nos casos mais graves, também é preciso investigar os fatores associados à presença das bactérias.
Com esses cuidados, é possível que a gengiva volte ao normal e se junte novamente ao osso. Porém, quando isso não ocorre, é possível fazer uma cirurgia para remover a pele solta.
Segundo os dentistas, um sulco gengival saudável tem entre 1,5 e 2 mm. Já com a presença de tártaro, fica com 4 mm ou mais.
Segundo os dentistas, um sulco gengival saudável tem entre 1,5 e 2 mm. Já com a presença de tártaro, fica com 4 mm ou mais.
Para diminuir a sensibilidade, existe um tratamento em que o dentista aplica um produto no local da retração. Esse problema não provoca a perda do dente, desde que as causas sejam eliminadas e não haja inflamação.Retração e sensibilidade
A retração gengival é o deslocamento da gengiva, o que provoca exposição da raiz do dente. Isso pode ocorrer em um só dente ou em vários. Eles se tornam sensíveis também porque a camada de revestimento desaparece, expondo a dentina (tecido que forma o corpo dental), que é muito sensível.
Bochechos com soluções de flúor podem amenizar a retração gengival. Para evitar que ela evolua, é preciso fazer uma escovação correta, sem muita força, limpeza profissional, ajuste de mordida e, se for o caso, corrigir a má posição dos dentes com um aparelho ortodôntico.
Também existem dois tipos de cirurgia que melhoram a aparência da retração. Em casos muito graves, é feito um enxerto na gengiva usando o tecido do palato. Quando a retração é pequena, a cirurgia é minimamente invasiva e o tecido da gengiva é rebaixado.
Nessa doença, a placa bacteriana endurece e forma o cálculo gengival (tártaro), que afasta a gengiva dos dentes e cria uma bolsa periodontal. As bactérias entram pela gengiva e atingem o tecido ósseo dos dentes e as fibras de ligamento que os sustentam. Eles podem ficar moles e até cair.Periodontite
A periodontite costuma acontecer na vida adulta, após os 30 anos, decorrente de uma gengivite não tratada ou mal curada. Nessa idade, é difícil promover mudanças de hábito alimentares e higiene bucal. Por isso, é tão importante os pais ensinarem os filhos como cuidar dos dentes.
Quando a periodontite avança, pode haver abscessos (pus) que levam à endocardite bacteriana, problema que faz com que as bactérias que estão na gengiva entrem na corrente sanguínea e se alojem nas válvulas do coração. Esses micro-organismos, então, limitam ou bloqueiam a passagem do sangue pelo coração.
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